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Memórias de Angelina

 

Esta narrativa revela a sensibilidade de uma mulher e suas relações familiares na complexa vida no campo. Ao identificar e compreender essa vivência, a narrativa oferece reflexões sobre o cotidiano familiar e sobre o trabalho.

Em seus sentimentos, Angelina acredita que a vida se encontra em muitas convivências, se organiza em cada etapa e oferece oportunidades a cada viver. Ao compartilhar suas memórias ela conduz leitores à apreciação e à compreensão de um tempo vivido por ela e sua família; esse é um percurso pelo passado, e nele brotam reflexões.

Caminhos singulares e diferenciados, no enfrentamento das tarefas cotidianas, compõem os contornos que caracterizam Angelina. Sua história resulta de um feixe de memórias de sentidos diversos, encontros e oportunidades ao longo da jornada.

O primeiro momento da narrativa apresenta o local onde Angelina viveu, situando-a no contexto, e propõe um fio condutor que guia as múltiplas abordagens possíveis. Em seguida, uma retrospectiva enfoca as mudanças ocorridas em sua vida desde a infância até o casamento.

Contemplam-se no rememorar a importância e a significação da vida com os pais, as relações com a diversidade e a convivência, os filhos e as condições necessárias à sobrevivência. São, esses, os desafios e a rotina de um tempo passado disposto a ensinar.

Na relação estabelecida com o trabalho, por vezes, o discurso sobre o trabalho é um espaço vazio que furta dimensões que aquele pode oferecer. Por isso, hoje, com seus mais de 80 anos, Angelina resgata momentos para além da árdua labuta diária de trabalho vivida; é vital perceber mais: ser sensível.

Elizete Rodrigues

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